Carla Costa Teixeira

Professora

Universidade de Brasília - UnB

carla.c.teix@gmail.com

Doutora (UnB, 1997), mestre em Antropologia (Museu Nacional, UFRJ -1991) e licenciada em História (PUC, RJ -1984). É professora titular da Universidade de Brasília, tendo sido professora visitante na Simon Fraser University (CA) durante seu pós-doutoramento (2009-2010), editora do Anuário Antropológico por dez anos (2001-2011) e desde 2011 é membro do conselho editorial da Coleção Antropologias (LACED; E-papers). Tem experiência de pesquisa em Antropologia da Política e da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: etnografia das instituições e da vida política, e políticas de governo com ênfase na saúde indígena. Foi tesoureira (2002-2004), secretária geral (2006-2008), diretora regional (2014-2016) da Associação Brasileira de Antropologia, exercendo ainda sua representação na Comissão Intersetorial de Saúde Indígena do Conselho Nacional de Saúde (MS) em 2006-2010 e 2015-16. Coordena o Laboratório de Etnografia das Instituições e das Práticas de Poder (DAN/UnB) e é líder dos Grupos de Pesquisa CNPq: Antropologia Política da Saúde; e Etnografia das Instituições e das Práticas de Poder. De março de 2019 a janeiro de 2020 foi investigadora visitante no ICS-Universidade de Lisboa. Vice-diretora do ICS/UnB (2020-).

Publicações selecionadas

TEIXEIRA, C. C.; CRUVINEL, L. ; FERNANDES, R.. Notes on Lies, Secrets, and Truths in the Brazilian Congress. CURRENT ANTHROPOLOGY, p. 000-000, 2020.

TEIXEIRA, C. C.; LOBO, A. (Org.) ; ABREU, L. E. (Org.). Etnografias das instituições, práticas de poder e dinâmicas estatais. 1. ed. Rio de Janeiro:Brasília: Coedição Editora E-papers / ABA publicações, 2019. v. 1. 490p.

TEIXEIRA, C. C.; SILVA, C. D.. Indigenous health in Brazil: Reflections on forms of violence. VIBRANT (FLORIANÓPOLIS), v. 16, p. 1-22, 2019.

TEIXEIRA, C. C.; LOBO, A. . Pesquisa como função de Estado? Reflexões etnográficas sobre uma instituição in between. MANA (UFRJ. Impresso), v. 24, p. 235-277, 2018.

TEIXEIRA, C. C.. Participação social na saúde indígena: a aposta contra a assimetria no Brasil?. Amazônica: Revista de Antropologia (Online), v. 9, p. 716-733, 2017.

TEIXEIRA, CARLA COSTA; SILVA, CRISTINA DIAS DA . The construction of citizenship and the field of indigenous health: A critical analysis of the relationship between bio-power and bio-identity. Vibrant (Florianópolis), v. 12, p. 351-384, 2015.

TEIXEIRA, C. C.; SIMAS, D. H.; AGUILAR, N.. Controle social na saúde indígena: limites e possibilidades da democracia direta. Tempus: Actas de Saúde Coletiva, v. 7, p. 97-115, 2013.

TEIXEIRA, C. C.. A produção política da repulsa e os manejos da diversidade na saúde indígena brasileira. Revista de Antropologia (USP. Impresso), v. 55(2), p. 1-37, 2012.

TEIXEIRA, C. C.. Relaciones de parcerias, políticas públicas y la cuestión de la pobreza en Brasil. In: Sanchiz Ochoa, Pilar; Gil Tébar, Pilar. (Org.). Marginación y pobreza en América Latina. Estrategias de supervivencia, políticas gubernamentales y acción social.. Andalucía: Signatura Demos, 2008, v. , p. 341-355.

TEIXEIRA, C. C.. Fundação Nacional de Saúde. A política brasileira de saúde indígena vista através de um museu.. Etnográfica (Lisboa), v. 12, p. 323-351, 2008.

TEIXEIRA, C. C.; CHAVES, C. A. (Org.). Espaços e Tempos da Política. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará, 2004. v. 1. 170p.

TEIXEIRA, C. C.. The Price of Honor: Press versus Congress in the Rhetoric of Brazilian Politics. Public Culture, Duke University Press, USA, v. 16, n.1, p. 31-46, 2004.

TEIXEIRA, C. C.. Das Bravatas. Retórica da desculpa e mentira ritual na cassação de Sérgio Naya. Série Antropologia, Brasília, DF, v. 274, p. 01-34, 2000.

TEIXEIRA, C. C.. A Honra da Política. Decoro Parlamentar e Cassação de Mandato No Congresso Nacional (1949-1994). 1. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998. v. 1. 169p.

Demais publicações em

https://unb.academia.edu/carlacostateixeira

Projetos de pesquisa

Título

Institucionalização da Antropologia: pessoas, narrativas e contextos em Portugal

Descrição

Este projeto busca refletir sobre os significados, estilos de ação e possibilidades institucionais da antropologia em Portugal nos termos dos próprios sujeitos que lhe dão vida: os antropólogos. Se sua perspectiva é implicitamente comparativa, em especial com a antropologia brasileira, a articulação entre abordagem etnográfica e histórica é explicitada como central na compreensão das relações entre institucionalização da disciplina e os processos políticos em que se desenvolveu. Esta é, portanto, uma investigação que tem por foco a antropologia portuguesa contemporânea, mas pretende desde suas primeiras ações abordar sua institucionalização articulando estudos e reflexões pessoais (de primeira mão ou já publicados); com memórias e documentos institucionais, por meio de um horizonte teórico-metodológico que conjugue a pesquisa de campo antropológica com a análise de documentos, a perspectiva etnográfica com a sociologia de processos históricos.

Linha de pesquisa

Etnografia das Instituições

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Título

A produção de uma cidadania participativa: novas configurações e técnicas de poder

Descrição

A nova etapa da investigação que proponho neste projeto redefine a hierarquia entre os universos empíricos de investigação apresentados no projeto anterior, bem como desloca o foco teórico das relações entre os domínios ou campos da ciência, da política e da burocracia para os processos de produção da cidadania participativa. Assim, ganham relevância (i) as entrevistas e os documentos/textos produzidos no Ipea pelos TPs diretamente envolvidos com o tema da participação social; e (ii) os documentos, as entrevistas e as situações de controle social observadas na saúde indígena. Deste modo, prioriza-se a perspectiva de considerar os procedimentos de temporalização e espacialização da política na negociação (argumentativa e prática) que os diferentes atores sociais empreendem em situações sociais diferenciadas (Teixeira e Chaves 2004) em que a participação social é colocada como tema a ser refletido e/ou como prática a ser atualizada. Contudo, não se trata de abordar as representações e práticas da participação social como um objeto etnográfico em si, mas sim como via de acesso privilegiada às configurações e técnicas de poder na qual estaria se dando, essa é a hipótese, a produção de um novo tipo de sujeito.

​Linha de pesquisa

Antropologia das Práticas de Poder

leipp.unb@gmail.com