Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília, Mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília - UnB (2018), Bacharela em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2015). Foi bolsista de pesquisa-extensão no Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA-UFMG), da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, entre 2012-2015. Durante o ano de 2014 foi estagiária do setor de patrimônio imaterial - Superintendência do IPHAN em Minas Gerais. Possui interesse nos temas de Licenciamento Ambiental de Grandes Empreendimentos, Instituições de Justiça, Antropologia do Estado, Antropologia do Direito e das Moralidades.
O projeto de pesquisa visa a pesquisar a atuação do Ministério Público na instalação e operação de grandes empreendimentos minerários, refletindo sobre como o compromisso do Ministério Público de fortalecer a resolução negociada de conflitos socioambientais - visando a atingir “maior pacificação social” e “menor judicialização” - se atualiza frente ao modelo extrativista, que causa amplos e graves danos sociais e ambientais. Instituições aprendem, respondem às diversas demandas, motivam e são motivadas por uma ampla rede de agentes e relações. Isto significa que as vivências e experiências daqueles que representam a instituição (promotores, peritos, técnicos, estagiários) geram normas, práticas, dinâmicas e procedimentos de trabalho; criam padrões, rotinas, formas de organização e acordos tácitos; e estabelecem entendimentos, expertise, concepções compartilhadas e embates. O propósito é investigar o campo de relações e o conjunto de práticas vislumbradas pela análise da materialidade produzida pelos documentos burocráticos. Esses, como tecnologia de Estado, são analisados por suas dinâmicas, efeitos e poderes mobilizados por meio dos procedimentos institucionais: audiências e reuniões públicas, recomendações legais, requisições, vistorias, notificações, tecnologias de mediação e termos de ajustamento de conduta.
Etnografia das Instituições