Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), graduada em Ciências Sociais na habilitação Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Principais interesses de pesquisa perpassam a antropologia do direito, a antropologia política e as teorias dos rituais. Atualmente, analisa a inserção das constelações familiares no âmbito do judiciário brasileiro, o chamado direito sistêmico.
A pesquisa desenvolvida analisa a incorporação e a construção do chamado direito sistêmico, termo cunhado para definir a utilização e cosmovisão das constelações familiares (prática terapêutica) na área jurídica. Inserido no processo de “modernização da justiça”, o movimento do direito sistêmico reforça a concepção de um novo modelo, no qual a pacificação social e o consenso entre as partes tornam-se o ponto nodal do tratamento dos conflitos. Nesse processo de “modernização”, novas tecnologias de gerenciamento da vida e produção de sujeitos são incorporadas e produzidas, desembocando, inclusive, em um modelo de justiça terapêutica. A partir das trocas estabelecidas ao longo de eventos e do acompanhamento da Comissão de Direito Sistêmico da OAB-DF e do Projeto Conciliar e Constelar do Distrito Federal, o enfoque do trabalho reside no processo incipiente de institucionalização do direito sistêmico, analisando as bases que o sustentam, as articulações e tensões que emergem na construção desse “novo direito”, bem como o novo tipo de sujeito produzido por ele: o sistêmico.
Palavras-chave: direito sistêmico; modernização da justiça; justiça terapêutica.
Etnografia das Instituições